domingo, 28 de dezembro de 2008

Vejam só a Veja

Há um tempo atrás eu estava lendo uma matéria da revista Veja, publicada em 26 de novembro de 2008. O título era: "Sob o signo do mau humor". Título até aceitável, já que a publicação tratava de um livro do alemão Theodor W. Adorno, que só agora foi lançado no Brasil, depois de cerca de meio século.

Para quem não conhece o Adorno, uma breve explicação: ele é conhecido por suas idéias (brilhantes) que, na maioria das vezes, tinham cunho pessimista (até mesmo... catastrofista). Foi um dos filósofos mais influentes do século XX, e foi o expoente da chamada Escola de Frankfurt, que também contou com a presença de Herbet Marcuse e Max Horkheimer. Eles propuseram a "Teoria Crítica da Cultura", que relacionava o capitalismo e os totalitarismos numa mesma lógica histórica. Com Adorno, a teoria crítica ia de encontro à "razão burguesa" iluminista. Junto com Horkheimer, ele escreveu uma de suas obras mais importantes: "Dialética do Esclarecimento". É neste livro que o termo "Indústria Cultural" aparece pela primeira vez.

Pois bem. A matéria explica as principais idéias de Adorno, suas convicções, e termina assim:

No fim da vida, Adorno viu-se sob o fogo pesado do movimento estudantil. Acossado por barulhentos protestos, teve de interromper um curso que dava em Frankfurt. Sempre reticente com os movimentos de massa, Adorno reclamava, em uma entrevista de 1969, do patrulhamento que sofrera então. 'Jamais ofereci em meus escritos um modelo para quaisquer ações. Sou um homem teórico', disse. Uma lição que os acadêmicos de passeata do Brasil de hoje, prontos a largar os livros para invadir reitorias, poderiam aprender.

Um pouco tendencioso, não? A revista pegou este gancho e criticou descaradamente as ações estudantis no país. O que os estudantes devem fazer, então? Deixar que reitores comprem lixeiras de mil reais e gastem uma fortuna para benefício próprio? Ou esperar sentados que a qualidade de ensino melhore? Acho que não. Não defendo, entretanto, que exista a depredação do patrimônio como uma forma de protesto. Defendo que haja a luta por direitos e melhores condições! Sem mostrar que não somos apenas estudantes passivos, inertes, não conseguiremos nada. Sempre foi assim. Sem luta, não há vitória.

Mais uma vez a Veja mostrou a que veio... Para saberem mais, leiam o Dossiê Veja, no blog do Luís Nassif. É chocante.

"A decadência da oferta espelha-se na penosa invenção dos artigos para presente, que já pressupõem o fato de não se saber o que presentear porque, na verdade, não se tem nenhuma vontade de fazê-lo" (T. Adorno).

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

HOHOHO

O título do post já diz tudo. Feliz natal pra você, leitor! (:

domingo, 21 de dezembro de 2008

Reflexo de dias potencialmente ociosos

Essas férias estão me fazendo bem, mas, ao mesmo tempo, estão me deixando um pouco lerdo. Ontem eu fui fazer a barba, e em vez de passar o creme de barbear no rosto, passei na lâmina. Tipo escova de dentes e tal.

Leseira? Acho que foi só um lapso, na verdade. Ainda bem que percebi o erro antes de fazer mais alguma bobagem. Imagina se eu tento escovar os dentes com um objeto cortante? Hehe. Abraço!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Crunch: o som da glória ou da covardia de um homem?

Sempre havíamos convivido relativamente bem, até que um dia, um incidente mudou para sempre nossas vidas. Explico. Eu chegava em casa todas as noites, cansado, e mal prestava atenção no que se passava à minha volta. Com o passar do tempo, pude perceber que havia uma presença intrigante à porta do meu prédio. Dia após dia, a situação se tornava ainda mais estranha. Chegava a ser cômico. Cômico e um pouco incômodo, já que, indiretamente, havia mais alguém participando da minha rotina. “Ora, a rotina é minha, e eu decido quem deve participar dela” – pensei em um dos momentos de maior egoísmo.

Depois de algumas semanas, ao tentar maior aproximação, fui repreendido. Seus movimentos furtivos indicavam que ela sabia se defender. Suas esquivas eram invejáveis. Afinal, ela não devia ser tão inocente assim. Provavelmente já conhecia as malícias da rua, e aprendeu a evitar pessoas como eu. Não que eu seja melhor ou pior que os outros. Ignorei minha atitude, refletindo que aquilo tudo poderia não acabar bem. Dormi.

Após alguns dias de mais algumas investidas oculares por minha parte (a contragosto. Fui movido por pura curiosidade, juro), aconteceu algo estranho: ela não estava mais lá. Olhei nas redondezas, procurando algum movimento suspeito. Não encontrei nada. “Menos mal”, pensei. Fui seguindo com a rotina: elevador; sétimo andar; tirar a chave do bolso; abrir a porta; fechar a porta. Ao cumprir todos estes passos, percebi que algo estava diferente em meu apartamento. À primeira vista, tudo estava na mais perfeita ordem, mas minha intuição estava alarmada.

Já havia vasculhado o apartamento quase todo, quando entrei no meu quarto. Foi quando me dei conta que minha intuição ainda servia para alguma coisa (parênteses: não chega a ser um “sexto sentido” como o das mulheres, mas enfim. Não vem ao caso). Segue. Encontrei bem ali, parada, ao pé de minha cama, uma visitante surpresa. Da portaria, ela se deslocou justamente para o meu apartamento. Como, eu não sei. Nem o porquê. Definitivamente eu não fazia o tipo dela.

Fato é que meus instintos falaram mais alto, e novamente tentei me aproximar. Fui repreendido. De novo. A partir daí teve início uma intensa perseguição: ela correu, talvez por medo, e eu fui atrás, para não manchar minha honra. Um pensamento me ocorreu: “Sou homem! Estou na minha própria casa! Se ela não quisesse esse desfecho, que ficasse longe daqui! Ah, e outros já devem ter tido a mesma atitude que eu!”.

Sem o menor ruído, ela correu para a sala. Ficamos naquele jogo infantil, rodando em volta da mesa, por quase cinco minutos. Ao fugir para a cozinha, ela se esgueirou de uma investida mortal. Que na era tão mortal assim, como pude perceber depois. Ela era ligeiramente mais ágil do que eu, devido ao tamanho. Toda essa situação, somada ao meu cansaço físico e mental daquele dia de trabalho, era a reprodução do inferno. Depois de mais alguns minutos naquele joguinho insuportável, peguei o primeiro objeto que vi à minha frente: uma vassoura. Covarde, eu sei. Ela não me havia me deixado alternativas. Depois de várias investidas contra ela, aquela maldita ainda tentou fugir para fora do apartamento! Em vão.

Crunch – o primeiro som vindo dela, desde que nos conhecemos. Para isso foi necessário que eu lhe desse uma sapatada. Crunch: o som da glória ou da covardia de um homem? Não posso dizer. Só afirmo que, com ou sem glória, eliminei do planeta mais uma barata.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Meme de Natal

Recebi um Meme de Natal! De dois blogs: primeiro, do Antes Safada do que Tapada, e depois, do Crônicas de Bárbara. O Meme é rigorosamente o mesmo, então, vou responder uma só vez. Pra quem não sabe, Meme é como se fosse uma "corrente entre blogs". Um blogueiro cria e envia para outros, que, por sua vez, vão enviando para outros. Neste caso, sete blogueiros são escolhidos. O tema deste é...

Sete coisas que gostaria de ganhar de Natal

1. Um emprego;
2. Mais perspectiva acadêmica e profissional;
3. Um tênis de corrida da Mizuno;
4. Um frequencímetro Polar F5;
5. Um violão elétrico (preto);
6. David Gilmour no Brasil (e um ingresso junto, por favor);
7. Saúde!

Bem, não necessariamente nessa ordem. E eu indico os seguintes blogs para responder:

- Deia C.
- GrapeFields
- O Hodierno
- Everything is Illuminated
- Blog da Pequena
- Conversa de Lanchonete
- Nanda Cabral

Vamos lá, pode responder qualquer coisa! Abraço pra todo mundo ;)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Para quem gosta de informação com qualidade

Como todos já devem ter percebido, há um selo da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) no menu ao lado. Coloquei porque eu apóio a obrigatoriedade do diploma para os jornalistas. A questão é a seguinte: para quem não sabe, está em curso no Supremo Tribunal Federal um projeto que pode fazer com que o diploma não seja mais condição necessária para exercer a função de jornalista. Mais que garantir o meu futuro (estudo comunicação social, com habilitação em jornalismo), estou defendendo a existência da moral e da ética nos meios jornalísticos. A mídia, se usada de um modo eficiente, pode determinar ações, influenciar pessoas, mudar sistemas políticos... É, é sim um quarto poder, e creio que todos irão concordar comigo neste ponto. A profissão exige grande responsabilidade, e a formação acadêmica é imprescindível. Se a situação já está bem estranha atualmente, imagine depois, sem profissionais devidamente instruídos...

* Asterisco avulso: Muitos já me questionaram sobre uma possível impossibilidade de outras pessoas escreverem/opinarem em jornais/outros meios. A exigência de diploma não necessariamente anula a opinião e a participação de outras pessoas. Concordo, por exemplo, que um economista, em tese, sabe mais que um jornalista sobre a situação econômica global. Sendo assim, não há motivos para proibir sua participação. Ele pode ser um articulista, uma fonte, por exemplo.

Pois bem. Segundo a FENAJ, pode ser que até o dia 19 desse mês, quando o judiciário entra em recesso, o projeto seja votado. Torçam para que a população seja ouvida, pelo menos nessa vez. A maioria dos brasileiros quer informação de qualidade, segundo a Federação. Acreditem: o pior dos males não será ver um bando de jornalistas ganhando cada vez menos (ou até mesmo desempregados) depois disso tudo. Os jornalistas perdem, a sociedade perde.

Para ler a matéria no site da FENAJ, clique aqui.

PS.: Coloquei uma enquete no menu ao lado. Coloquem lá sua opinião! :}

domingo, 7 de dezembro de 2008

Xuááá! Adeus emprego!

Antes que vocês digam: sim, meu time foi rebaixado. Para quem não sabe, torço para o Vasco. Ah, e só para constar: sou imune a zoações que se referem ao futebol... Nunca fui um torcedor desesperado. Me preocupo com coisas mais... Consistentes. Sendo assim, zoem, se quiserem.

Mas esse post não é para falar de futebol. É para falar que eu sinceramente admiro o otimismo e o bom-humor do povo brasileiro. Mas, convenhamos, tudo tem (ou deveria ter) um limite. Ao menos um pouquinho de bom senso. Demorei a acreditar que a população brasileira está tão ausente de assuntos que lhe dizem respeito. Mais especificamente a crise global. Sério, eu esperava muito mais malícia da população, pelo menos agora, que a "marolinha" do presidente Lula já se converteu numa onda que está, aos poucos, acabando com o emprego de muita gente aqui no Brasil. Você pode ser o próximo.

Lá nos EUA, 1,2 milhão de empregos desapareceram em 3 meses. Muitos dirão que lá foi o hipocentro da crise, mas se esquecem de que hoje existe a bendita interligação/interdependência dos mercados. É quase como um "epicentro globalizado", mandando os reflexos para um ponto muito além da superfície imediata. Será que essas demissões no Brasil não são somente uma pequena parte do que está por vir?

Ceticismo. Talvez seja isso que falta à população. Para se ter uma idéia, a pesquisa Datafolha registrou que 78% dos brasileiros estão otimistas, esperando uma melhora de vida em 2009. Desses, 58% acreditam que serão pouco afetados, e 10% nada afetados. Vamos ver se a ficha cai quando as Casas Bahia começarem a fazer parcelamentos (só) de até 3x, em vez das milhares de parcelas atuais...

Concordo com a afirmação da Eliane Catanhêde, na Folha de S. Paulo de hoje: os brasileiros ainda acreditam em Papai-noel. Pelo menos é o que parece.

sábado, 29 de novembro de 2008

Fail!

Capa do jornal Diário Regional do dia 26/11:

É. O pessoal da Mercedes-Benz não deve ter ficado feliz em sair na capa, desta vez. E não foi pelo fato de ela ter dado férias coletivas...

PS.: Tirei a foto enquanto passava por uma banca de jornal. Estava chovendo no dia, e os carros espirravam água por todos os lados. Inclusive em mim. Portanto, não me recriminem pelo fato de a foto ter saído torta. Grato.

Edit: Gente, atentem-se ao fato de estar escrito "Mercedes Bens", em vez de "Mercedes-Benz". Picuinha, eu sei. Mas é feio errar isso na capa. E concordo que a crise tá braba...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Enquanto isso, no Tibete...

Acabei de sair de uma prova, e estou no Infocentro da faculdade. Nota rápida: lembram quando eu falei do Tibete, há algum tempo atrás (se você não lembra, clique aqui)? Então. Li hoje no JBOnline que TALVEZ a coisa possa mudar por lá. Já é um avanço, né? Pelo menos voltaram a falar no assunto... Leia um trecho da matéria:


Tibete pode declarar independência, diz premiê no exílio

DHARAMSALA - Os tibetanos podem declarar independência em relação à China se os grupos de exilados, reunidos nesta semana na Índia, concluírem que não há outra opção, disse na terça-feira o chefe do governo tibetano no exílio.

Frustrados com a falta de progressos nas discussões formais com Pequim, centenas de tibetanos estão reunidos em Dharamsala ('capital' do exílio tibetano, no norte da Índia). Alguns exigem que o tradicional 'Caminho do Meio' (autonomia sob domínio chinês), defendido pelo líder espiritual Dalai Lama, seja substituído por uma luta pela independência total.


Para ler tudo, clique aqui.

domingo, 16 de novembro de 2008

Fatos isolados

Bem, essa semana foi meio tumultuada e estranha, mas consegui sobreviver. Tudo começou na madrugada de terça-feira, com uma música da Ivete Sangalo. Não, eu não estava fazendo sexo ao som de Ivete Sangalo, leitor(a) compulsivo(a) e obstinado(a). Eu estava DORMINDO, como um bom estudante no fim do período, me preparando para encarar mais um dia cansativo. Pois bem.

Acordo e olho no relógio: 4h. Vou ao banheiro fazer um xixi noturno, em decorrência do meu comportamento de camelo durante o dia. Só que... Eu acordei com um trecho de música na minha cabeça. Um axé. Como se eu fosse flor, você me cheira! Como se eu fosse flor, você me rega!.

Sério, isso me deixou atormentado. Eu lá, meio dormindo, meio fazendo xixi, e nos intervalos, umas viagens tipo vocêêê me reeegaaaa... Por conta do sono, quase pensei que isso era a consciência do sanitário achando que meu genital era um regador. Enfim. No outro dia, concluí que isso foi por conta da academia que eu malho... Nos últimos dois dias que fui lá, estava passando o DVD da Ivete. E eu o assisti todo, enquanto corria. Há. Já até decorei a hora que o cara da banda Eva entra lá e canta com ela. E também a parte que ela fica se achando no palco. Enfim, esqueçam isso. Pensem em... Pink Floyd. Pronto.

Mudando de assunto... Hoje, domingo, fui num churrasco. Ao contrário do que eu pensava, ninguém correu pelado, nem ao menos deitou no asfalto. Não teve gritaria. E teve carne. Isso é bem chocante, em se tratando de um churrasco universitário (vai ver isso aconteceu pelo fato de 90% das pessoas estarem acompanhadas)! Fora isso, eu joguei futebol, coisa que eu não fazia há tempos. Ah, joguei sinuca, peteca e vôlei também! E o vôlei me rendeu uma dor aguda na nádega direita. É, eu caí enquanto pegava uma bola impossível (que se mostrou possível. Marcamos ponto!). Foi lindo!

É, essa próxima semana promete... Esse período pré-férias está rendendo!

sábado, 8 de novembro de 2008

Estou vivo!

Bom, eu sumi, eu confesso, mas ainda estou vivo! Final de período lá na faculdade... Milhares de coisas para serem feitas e entregues até o fim do mês... Tudo o que deixei para depois começou a brotar na minha consciência, já que o "depois" se transformou em "agora"... Aí quase não sobra tempo/inspiração aqui para o blog! Neste momento eu estou numa espécie de vácuo mental, então o post não vai ter muitas piadinhas, ironias ou coisa do tipo. Vai ser sem sal mesmo. Se quiser, coloque seu tempero lá nos comentários.

Mas bem, uma breve passada nas novidades: essa semana a FACOM/UFJF sediou o ERECOM (Encontro Regional de Comunicação), e aí eu fiz um "intensivo" lá na faculdade... O evento teve o tema "Comunicação, Política e Cidadania", e contou com palestras, apresentação de trabalhos, oficinas e a I Mostra Regional de Vídeos. No geral, foi bem legal!

No meio disso, teve a calourada! A festa é tradicionalmente à fantasia, e eu fui de mímico. Particularmente, eu achei a festa muito boa! A banda tocou blues e um rock das antigas que, por sinal, eu sou fã (especialmente de Pink Floyd, que também tocou)!

E, por último, uma novidade que nunca vai mudar o mundo: minha ida ao dentista. É impressionante como existem artefatos de tortura ortodônticos! Quanto mais eu acho que vou poder tirar algo da boca, mais coisas são adicionadas. Hoje voltei para casa com mais duas borrachinhas from hell legais. Vamos ver se isso vai me render um belo sorriso, no fim das contas... Espero que sim.

Pronto, acabou o post. Em breve eu volto com um humor mais apurado e a inteligência mais exaltada! Aguardem!

PS.: Quanto ao comentário no post anterior: eu amo as mulheres por características que não podem ser descritas tão diretamente. Acho que é esse mistério que gira em torno do sexo oposto que me atrai... =D

domingo, 26 de outubro de 2008

Eu amo as mulheres!

Sabem, me peguei várias vezes nos últimos tempos com o pensamento disperso – ou melhor, concentrado – na imagem feminina. Pude aproveitar incontáveis e inexplicáveis momentos de êxtase particular, momentos de pura admiração aos detalhes do sexo oposto!


É impressionante o que você consegue enxergar quando abandona o olhar superficial e passa a observar as mulheres por dentro (sem dupla interpretação, por favor), em seus mínimos detalhes. Você aprende. Apreende. Aquele olhar tipicamente masculino, que prioriza os atributos físicos principais (leia-se: seios e bumbum) desaparece, e eleva-se a um patamar muito mais interessante, que permite realmente sentir a essência da mulher. Não, não estou falando de perfumes. Estou falando de uma coisa que é absolutamente simples: a percepção de um sorriso, um gesto, uma atitude!


Não, eu não pretendo ser um cafajeste, leitora. Não pretendo ter que dividir meu corpo e sentimentos com inúmeras mulheres. Seria estupidez. Acho que tampouco pretendo ser um universitário grudento e babão. Na verdade, o que eu quero é apenas sair gritando para todo mundo que eu admiro o belo e o sublime! Como o papel (ainda que seja “papel virtual”) é o meu refúgio, meu confessor, é melhor escrever, mesmo.

Sendo assim, não poderia deixar de registrar aqui, por meio deste breve texto, meu carinho e minha admiração por vocês, mulheres. Obrigado por me causarem tão bons devaneios!

sábado, 18 de outubro de 2008

Verdades.

Eu queria ser John Lennon um minuto só
Pra ficar no toca-discos e você me ouvir
Eu queria ser aquele espelho do seu quarto
Nele você sempre olha antes de dormir...

[Odair José - Eu queria ser John Lennon (Regravação de Columbia)]

sábado, 11 de outubro de 2008

Consciência política x Liberdade de expressão

Abro o jornal de hoje e, após algumas notícias sobre crise econômica, Marcos Valério e eleições, me deparo com um fato até então desconhecido por mim: o de que o TSE proibiu a propaganda eleitoral na internet, por considerá-la meio de concessão pública (assim como a TV e o Rádio). Eu já sabia que os candidatos só poderiam veicular suas propagandas em sites específicos (aqueles que terminam em can.br), mas nem sonhava que aqueles que divulgarem suas opiniões sobre o candidato X ou Y poderiam ser processados. Sim, isso mesmo. Se eu, como eleitor detentor de opinião, divulgar o que penso sobre um candidato aqui no blog, ou criar uma comunidade no Orkut, eu poderia (ao menos em teoria), ser processado.

Isso é um tanto estranho. Não necessariamente, ao defender um candidato, a imagem de um concorrente direto deste será prejudicada; não necessariamente sairemos por aí difamando e dizendo baboseiras. Por que ignorar que a internet tem o potencial de criar a conscientização política por meio de discussões e debates? O TSE deveria se preocupar mais com a propaganda irregular nas ruas da cidade, em vez da internet. Aqui, para quem não quiser ver a defesa ou opinião sobre algum candidato, basta sair da página, diferente do que acontece quando você está exposto a todo o lixo eleitoral nas cidades brasileiras. Não dá pra simplesmente fechar o olho.

"Cortar o mal pela raiz" desta maneira soa como uma ofensa, ao menos para mim, que tenho interesse e "filosofo" sobre política. Onde é que está a liberdade de expressão? A atitude mais correta nesse caso seria aplicar a lei já existente (aquela coisa de calúnia e difamação) aos infratores que disseminam informações sem fundamentos, e não suprimir a opinião daqueles que de fato lutam pela consciência política. O TSE se esquece que a política, essa sim, é "concessão" pública. Os candidatos estão fadados - e corretamente - à condenação e ao julgamento da sociedade. Ninguém é tão ingênuo ao ponto de achar que a sociedade não irá comentar sobre seu passado ou sobre suas atitudes.

Só espero não ser processado por expressar minha opinião sobre o TSE. Ou por ter um blog. Estupidez, de novo! Estupidez!

PS.: A notícia pela qual fiquei sabendo da determinação do TSE também saiu na Internet. Leia clicando aqui.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Fim do mundo

O mundo está acabando. É sério. Se o acelerador de partículas não conseguiu tal proeza (ainda), a crise financeira o fará. Na Folha de S. Paulo de hoje:

Bolsa de NY tem maior queda em 21 anos

Pensando bem, o mundo já acabou. Pelo menos para mim. Se eu morrer amanhã, até que estarei conformado. Malditos jogos de interesses... O pessoal só quer saber do próprio umbigo, vive passando por cima dos outros. Estupidez. Sim, essa é a palavra do dia. Estupidez.

domingo, 5 de outubro de 2008

Peculiaridades eleitorais

10h:30min - Acordo, feliz, já pensando em ir votar. Vou para o banho.

11h - Tomo café, ouvindo no rádio que o atual prefeito de Juiz de Fora, José Eduardo Araújo, estava votando. Fiquei sabendo que ele vota na mesma zona eleitoral que eu.

11h:15min - Saio para votar. No caminho, passo por um bar onde as pessoas estão bebendo, felizes. Já perto da zona eleitoral, sou abordado duas vezes em menos de 4m por cidadãos distribuindo panfletos de candidatos a vereador e pronunciando frases do tipo: "Esse é bom!".

11h:30min - Chego ao local de votação, e passo a procurar minha seção eleitoral. Durante a árdua tarefa, vejo o prefeito, já citado anteriormente, dando uma entrevista.

É neste momento que a coisa piora. Além de ter presenciado (pra variar) o desrespeito à lei eleitoral (lei seca e boca de urna), ainda tive que ouvir isso:

Desconhecida: Quem é ele? - apontando para o prefeito.
Eu: O prefeito - respondo, em tom um pouco assustado.
Desconhecida: Ah... O... José Carlos! Né? - diz, um pouco constrangida.
Eu: José Eduardo.
Desconhecida: Ah.

Eu concordo que o vice-prefeito não tem tanta visibilidade quanto o prefeito, mas, depois do escândalo envolvendo o ex-prefeito Alberto Bejani, o José Eduardo apareceu em vários jornais. Principalmente depois da renúncia de Bejani, quando o vice assumiu o cargo de prefeito.

Viva a democracia.

PS.: O show ontem foi MUITO BOM! Depois conto os detalhes da minha cobertura jornalística, hahahaha! (Não é mesmo, Deia?)

sábado, 4 de outubro de 2008

Marcelo Camelo

Quebrando o meu jejum de grandes espetáculos, irei ao show do Marcelo Camelo, que acontece hoje, em Juiz de Fora! O álbum solo do ex-vocalista do Los Hermanos, "Sou", (que de cabeça para baixo vira "Nós") segue um comportamento tranqüilo, de certa forma nostálgico aos ouvidos; "paz" é o palavra [ou a sensação] que surgiu em minha mente ao ouvir as belas letras e melodias do CD pela primeira vez. Vale lembrar que a turnê de "Sou" será apresentada somente em teatros, pois, segundo o próprio vocalista, "seria deseducado pedir que as pessoas ficassem de pé sem uma energia mais barulhenta". Apesar disso, Camelo diz que o show contará com momentos mais animados.

O disco, que tem como tema principal a solidão, reune grandes nomes: a pianista Clara Sverner, o sanfoneiro Dominguinhos, o grupo Hurtmold (que acompanha o cantor nas apresentações), e a jovem Mallu Magalhães, que com apenas 16 anos já é destaque no mundo da música. O talento desses músicos pode ser conferido no MySpace de Camelo, que disponibiliza 10 das 14 músicas para download.


Em uma entrevista publicada no jornal Tribuna de Minas do dia 02/10, Marcelo diz: "Espero que as pessoas gostem, mas me ouçam distraídas". Segundo a reportagem de Raphaela Ramos:

"O que o músico quer, na realidade, é que seus fãs descartem qualquer intenção de analisar seu novo CD, 'Sou', de uma forma mais profunda. 'Não há o que entender', comenta, acrescentando que tudo o que quis dizer está nas letras e nas melodias."

Meu ingresso já está aqui há mais de uma semana, esperando ansiosamente para ser apresentado na portaria. E aí, vamos ao show? A Deia e a irmã dela, a Fernanda, vão comigo! Depois conto aqui os detalhes do espetáculo, que promete!

sábado, 27 de setembro de 2008

Ahh, a F1!

Tenho que confessar a todos que, além de companhias agradáveis, livros e Pink Floyd, eu também tenho outra paixão: a Fórmula 1. É impressionante o que o som daqueles motores pode fazer com uma pessoa: ela pode chegar a um estado de loucura! Sim, loucura. Ou acordar relativamente cedo no domingo só para ver a corrida é um ato 100% isento de questionamentos? Não creio. Domingo é dia de babar no travesseiro até meio dia.

Ahh, esse é o verdadeiro espírito da F1!

Torço pela Ferrari, e como bom torcedor que sou, gostava da "dinastia Schumacher", afinal, o cara era "o piloto"! Mas poxa... Eu já estava meio enjoado de ouvir o hino alemão. É muito melhor ouvir o hino brasileiro, heh. Além de tudo, essa nova temporada está INCRÍVEL! Caramba, desde 1999 não víamos o primeiro e o segundo colocado do campeonato estarem separados por apenas um ponto (para quem não sabe, o Hamilton está em primeiro, com 78pts, e o Felipe Massa está em segundo, com 77pts.). As novas regras do campeonato deixaram as corridas muito mais competitivas! ;D

Hoje eu quase morri, no treino classificatório. O Hamilton quase fica para largar em 11º... Ele ficou em 10º, no Q2! Infelizmente, ele vai largar em 2º, atrás do Felipe Massa. O Barrichello vai largar em 18º. E são 20 pilotos (ah, até que ele é boa pessoa... Só dá azar, coitado).

Só sei que amanhã às 9h estarei grudado na frente da TV, vendo a primeira corrida noturna da história da F1, em Cingapura! Para ficar melhor, é só tirararem o Galvão Bueno da narração (ou pagarem uma TV a cabo para mim). E aí... Você também está torcendo pelo Massa?

Edit: "Massa lamenta 'erro difícil de aceitar', e Hamilton celebra pontos". Resultado? O Felipe Massa chegou em 13º, e o Hamilton em 3º.

sábado, 13 de setembro de 2008

Sobre fraldas e políticos

Frase do dia:
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados freqüentemente e pela mesma razão". Quem disse isso? O grande Eça, acima. =D

sábado, 6 de setembro de 2008

Dia do sexo

Dia do sexo

Para quem não sabe, a marca de preservativos Olla está fazendo uma campanha para a oficialização do dia do sexo, que é hoje, dia 6/9. Me lembrei disso e, inocentemente, entrei no site da campanha (www.diadosexo.com.br) para dar uma olhada sem compromisso. Resultado? A seguinte mensagem, na página inicial do site:


Hoje é o Dia do Sexo.
Desligue o computador e vá transar.

Isso me deixou mal. Fiquei com o ego ferido por ter passado o dia todo aqui na internet, vagabundando exercendo atividades intelectuais. Mas tudo bem... Feliz dia do sexo para vocês! Espero (sinceramente) que o de vocês tenha dado mais tesão que o meu (heh)!

Edit: Mensagem de hoje (07/09) do site: "O dia de ontem foi bom pra você? Estamos dando um relax. Amanhã estaremos de volta."

Peculiaridades juizforanas

Não sei se os moradores de Juiz de Fora notaram um fato curioso: o sumiço dos relógios ("pirulitos") da cidade. Do pirulito só restou o palito (heh). Tudo levava a crer que novos relógios seriam providenciados, até que achei esta foto, tirada por mim:

Foto intrigante, não? Tudo isso prova que o mundo está acabando, meus caros. Antes tínhamos relógios desgovernados, dominados pela Coca-cola, e agora, nem isso ; a cidade está sem suas atrações turísticas principais (heh)... Perdemos a noção do tempo. Alías, perdemos o próprio tempo - literalmente (heh)!

Meu caro Eça de Queirós: "quem admirará os progressos deste século? Quem admirará os progressos deste século? Quem admirará os progressos deste século? (...)"

Eça de Queirós e John Gray dariam uma dupla e tanto, não acham? E viva o "progresso".

sábado, 30 de agosto de 2008

Efeito positivo do aquecimento global

Olha, eu nem sou um maníaco pervertido, nem nada parecido. Tampouco acredito que o aquecimento global está trazendo benefícios... Mas observem a imagem abaixo:

P.S.: Comecei a fazer tratamento para acne com Isotretinoína (o nome comercial é Roacutan). No início, minhas espinhas podem aumentar em número/tamanho, e meus lábios/mucosa nasal ficarem ressecados. Favor não me ignorarem na rua caso isso aconteça e eu vire um ogro. Grato.

P.P.S.: Notaram que o P.S. ficou maior que o próprio texto do post? Tsc, tsc, tsc...

domingo, 24 de agosto de 2008

E o Tibete?

O mundo acompanhou hoje a cerimônia de encerramento das olimpíadas. Foram 16 dias de muitas medalhas, quebra de recordes e realização de sonhos. Nós, brasileiros, vimos o SUJO E ESTÚPIDO "brilho" terceiro-mundista ser ofuscado pelas grandes (e pequenas, heh) potências, que, ao contrário do nosso Estado, INVESTEM no esporte.

Parágrafo avulso: bem feito para nós, que ficamos estagnados, aceitando passivamente tudo o que acontece nesse país. Acho que "Brasil", em latim, significa "erro". Investimento nos esportes é sim necessário, e afeta sim o desempenho olímpico. Não estou contente com algumas medalhas de bronze; é preocupante um país com dimensões continentais ter tal desempenho, e ainda se sentir orgulhoso. Ah, e o Cielo só ganhou a medalha de ouro porque treinou nos Estados Unidos. Apoio do Brasil? No máximo, apoio moral.

Voltando ao tema: medalhas, recordes, realização de sonhos. Mas, em meio a tudo isso, um "pequeno" detalhe: e o Tibete? Durante os jogos, mal se falou sobre o assunto. Pelo menos em comparação com os períodos precedentes. Parece que a China conseguiu o que queria: sair com uma imagem de país anfitrião, sorridente, avançado. Mas, para isso, o governo não ficou parado. Veja trechos de algumas notícias:

O artista norte-americano James Powderly foi detido em Pequim quando planejava realizar uma apresentação pró-Tibete durante os Jogos Olímpicos, divulgou a organização "Estudantes pelo Tibete Livre" nesta quarta-feira. Cinco blogueiros norte-americanos, auto-intitulados "cidadãos-jornalistas", também foram detidos na capital chinesa porque estavam pedindo a libertação do Tibete (Folha Online, 20/08/2008).

Uma britânica foi presa nesta quinta-feira em Pequim durante uma manifestação em favor do Tibete e condenada a uma pena de dez dias de prisão na China, informou nesta sexta-feira o ministério britânico das Relações Exteriores (Folha Online, 22/08/2008).

As páginas dos ativistas pró-Tibete foram bloqueadas nesta sexta-feira (22) no centro de imprensa dos Jogos Olímpicos de Pequim, no momento em que os sites informavam que tropas chinesas atiraram esta semana contra manifestantes no sudoeste da China (Folha Online, 22/08/2008).

A China é a nova potência mundial. Prega uma falsa igualdade (vide cerimônia de abertura), gasta milhões na realização do evento, emociona bilhões de espectadores. É moderna. O único problema é que a modernidade chinesa vem acompanhada da regressão dos conceitos de "liberdade" e "autonomia".


Dalai Lama, líder do Tibete e inimigo chinês
que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1989.


Existirá um tempo em que valores morais serão considerados como "modernos"? Hoje em dia eles não passam de pura cafonice, conservadorismo. Ser ético e humano é "andar para trás". Acredito com John Gray quando ele diz, em sua obra, "Cachorros de Palha"*: "Há progresso no conhecimento, mas não na ética". O homem não evoluiu nada em termos de lógica política ou valores éticos. A tecnologia, que poderia construir e desenvolver, destrói, elimina, mata (o holocausto judeu foi bem eficiente, graças à tecnologia dos gases letais).

Será que ainda leremos uma manchete que diz: "China garante a autonomia do Tibete"? Provavelmente não, mas não custa nada torcer. Se torcemos no esporte por um país que mal tem investimentos nessa área, gritar "TIBETE LIVRE" é fácil. Se tudo der errado, atacamos a China com algumas Hello Kitty's falsificadas. Ação e reação, simples assim.

* O título do livro, coincidentemente (ou não), é uma referência a um poema de Lao-Tsé, filósofo taoísta. Os cachorros de palha eram reverenciados em rituais chineses, e logo após as cerimônias, quando não eram mais necessários, queimados. Segundo Gray, o mesmo está acontecendo com os humanos: estão sendo eliminados. Vide catástrofes naturais, aquecimento global e escassez de recursos.

sábado, 23 de agosto de 2008

Idiotice "pethsiana"

Eu não poderia deixar de postar aqui essa tirinha. Por que? Porque eu ri durante um mês, no mínimo, quando a vi. Sempre que olhava para ela, eram momentos de pura adrenalina, tentando conter o riso e poder, quem sabe, respirar e continuar vivendo uma vida menos trágica. Ela estava colada no meu fichário, no ano passado. Conclusão? Momentos de pura mongolice comportamental durante as aulas. Não sei nem como passei no vestibular.

Vai ver tudo isso comprove a teoria de que o riso nos faz bem, né? Talvez até gere uma certa discussão em torno do uso de cobaias nas experiências científicas. Seria eu uma linda, fofa, incrivel e humilde cobaia humana? Será que essa tirinha foi implantada pela mídia para possibilitar experiências demoníacas com estudantes de jornalismo?


Por favor, me digam que eu não sou tão mongol, e que vocês riram, nem que seja um pouquinho. Sério. Isso vai fazer eu me sentir melhor. Confesso que já existiram tirinhas que me fizeram rir tanto quanto a que postei, mas essa tem certo valor histórico... Foi a primeira que vi!

No mais, ignorem o nível de besteiras no primeiro (segundo e terceiro) parágrafo (s). Grato.

domingo, 17 de agosto de 2008

Comentários aleatórios

Cansei! Não sei como aguentei até agora viver entre tanta estupidez, tanta falta de caráter, tanta falta de compreensão. No final das contas, eu sempre me dou mal; nada dá certo por completo. Acredito cada vez mais naquela teoria de que o meio influencia as pessoas, etc, etc.

Desse jeito fica mais fácil acreditar que "destino" pode ser facilmente substituído por "castigo". Eu cuspi na cruz? Defequei na pia batismal? Pior que não.

E vamos vivendo. Até, quem sabe, eu ser atingido por um raio, ou talvez tropeçar, cair e morrer com a cabeça no meio-fio.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Braço forte, mão amiga - Parte II

Só para ter um desfecho: a prova foi mais simples do que o esperado, apesar de eu não saber nada da parte de mecânica de automóveis (sim, isso caiu). No mais, vou me apresentar no quartel em setembro, para o teste físico. Levar bermuda, camiseta, essas coisas.

A parte boa é que as chances de eu servir (e todas as outras pessoas que não querem) são mínimas, já que neste ano o número de voluntários está altíssimo, devdo ao aumento do salário de soldado. Passou para um salário mínimo.

Agora é esperar e ver no que dá. Enquanto isso, continuarei vivendo minha vida praticamente sem conflitos.

domingo, 10 de agosto de 2008

Papai Bejani à solta?

Demorou, mas aconteceu. Ainda outro dia eu havia comentado com amigos sobre o fato de o filho da puta e corrupto fofo ex-prefeito da minha cidade (Juiz de Fora), Carlos Alberto Bejani, ainda estar preso. Obviamente eu queria que ele ficasse lá para todo o sempre, e por um momento me bateu um certo orgulho das autoridades mineiras/federais. Quase dei um sorriso.

Mas, como no Brasil nem tudo são flores, foi só eu falar que o queridinho ganhou um habeas corpus. A essa hora ele deve estar bebendo vinho ou champanhe e comendo algo potencialmente caro. Já já ele vai recuperar todos os seus bens, se candidatar a vereador ou deputado, e não ficarei surpreso se ele ganhar.

Bejani (centro) e seus amiguinhos da Polícia Federal
Bejani (centro) e seus amiguinhos da
Polícia Federal (Foto: Folhapress)

Pode ter certeza que muito em breve farei de tudo para mudar essa palhaçada (não, não cometerei um atentado contra o Bejani. Mas vontade não falta).

Meias e cuecas para o papai? Que nada. A moda agora é habeas corpus.


Para saber mais sobre o ocorrido, clique aqui.

sábado, 9 de agosto de 2008

Braço forte, mão amiga

Essas palavras não saem da minha cabeça desde ontem. Por quê? Porque eu continuei no processo de seleção do GLORIOSO exército brasileiro. Minhas esperanças de que a miopia (4 graus em cada olho) me ajudasse a ser dispensado, morreram quando o major (mal-humorado) ignorou o comentário do militar que fez meu exame de vista: “Major, mas são 4 graus!”. A resposta? “E daí? Ele está enxergando. Mande-o tirar a roupa”. Acho que o mínimo para ser dispensado logo de cara era 7 graus.

Até aí tudo bem. O problema é que eles não possuem muitos critérios para dispensar o pessoal (conheço gente que foi dispensada só porque usava óculos, sem nem mesmo fazer exames. O outro, porque chegou atrasado). Para conseguir evitar a burocracia de todo o processo e sair logo, só conhecendo algum militar. Mas vamos ao resumo dos fatos:

O Exame

Situação: cerca de 30 machos de cueca, numa sala com cheiro de aromatizador de ambientes misturado com suor.

Encontrava-me um pouco frustrado na situação acima, dada a minha continuidade no processo. Logo de início você tem que agachar e levantar três vezes, pra ver se o joelho dói, coisa e tal. Em seguida há uma avaliação odontológica e uma medição de pressão (tudo isso em 30s), para logo chegar o momento mais temido: abaixar a cueca. O exame é pra ver se temos hérnia, e pra quem não conhece, ele é assim: você abaixa a cueca, e sopra as costas da sua mão. Depois, você levanta o pênis, e sopra de novo. Um monte de marmanjos fazendo isso na sua frente. A saída foi olhar pra cima (eu mesmo não cheguei a ver meu pênis!). Depois de eu subir a cueca, vi um cidadão (igualmente semi-nu) SORRINDO para mim, e comentando algo com o amigo ao lado. Ignorei. Vai ver eu tenho uma virilidade fora do comum. ¬¬

Depois você vai pra uma outra salinha, menor do que a outra (ainda com os 30 machos fedorentos). Você é medido, pesado, e faz um teste de força num dinamômetro. Você fica com o joelho um pouco flexionado, e puxa a alavanca pra cima (ainda de cueca).

Panorama geral

Fora isso, você faz um teste de lógica, outro de aptidão nas atividades do exército, coisa e tal. Depois uma entrevista, na qual o militar me perguntou “com que arma eu gostaria de atirar”. Fora isso, ele me questionou sobre um possível uso de drogas, já que eu deveria fazer um exame de sangue para entrar no exército.

Resultado? Cheguei 7h, saí 11h40min. E tenho prova na segunda-feira, do NPOR. Ah sim... Ao final também me perguntaram se eu desejava servir (só pra ilustrar, pelo que me parece). Não, eu não quero servir. Mas me desejem boa prova...

PS.: As únicas armas/ferramentas de que preciso são lápis e papel, além de alguma influência. Quero ser jornalista, e acredito que as palavras têm mais força do que qualquer equipe militar... Essas deveriam ser a solução da maioria dos problemas, porém as armas de fogo são mais, uhm... Rápidas e imediatas - além de uma péssima diplomacia.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O Início

Finalmente eu criei um blog. Eu estava precisando de um meio de desabafo havia tempo, mas nunca achava um nome que fosse conveniente: nem tão sério, nem tão desleixado. Pensei muito, e todos os esforços de nomenclatura chegavam sempre ao mesmo ponto: numa mediocridade um pouco estranha. Diria que era até mesmo sutil. No fim das contas, parei de tentar inventar e usei meu próprio sobrenome; bem original, né?

O negócio é o seguinte: vou escrever aqui em benefício próprio, para me desestressar e tentar descarregar alguns pensamentos, bons ou ruins. Não espere encontrar aqui um manual para me compreender por completo; não espere também que eu revele ao mundo todos os meus desejos obscuros, atos malignos ou pensamentos repugnantes... É claro que cada post vai mostrar um pouco do meu dia-a-dia, do meu humor, da minha personalidade, das minhas idéias e convicções, mas tudo dentro do limite da discrição.

Não vou ficar enchendo o saco para as pessoas conhecidas lerem, tampouco para elas comentarem. Geralmente isso gera comentários vazios, mal feitos e sem propósito. Sendo assim, vou deixar a coisa fluir naturalmente. Quem quiser comentar, comenta [é claro que eu gostaria de ter leitores, e que eles opinassem sobre alguma identificação pessoal, sugestões, críticas ou coisas do tipo no decorrer do texto (interatividade é bom!)].

Espero que gostem do blog!

"É difícil conviver com as pessoas porque calar é muito difícil".
(F. Nietzsche)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

About

Lucas Peths, 24 anos, jornalista. Pseudo-mal-humorado, feliz por necessidade e conveniência. Prazer!

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