sábado, 1 de maio de 2010

Transporte público encoraja nova Geração-saúde

A educação brasileira envergonha. Não é novidade que o Brasil enfrenta desde sempre a negligência dos setores públicos nos assuntos referentes à educação, e nem mesmo dez editoriais retratariam fielmente a situação atual. O acesso à educação básica acaba se tornando raridade para a maior parte da população, e o ensino superior acaba sendo visto como uma utopia.

Juiz de Fora é uma exceção a tantas outros lugares, e conta com uma das instituições federais de ensino mais importantes do país: a UFJF. A educação chegou até aqui, mas a cidade ainda não consegue chegar, de fato, à educação. A realidade do transporte urbano é dramática, e os estudantes não veem nada além de portas fechadas quando tentam entrar nos ônibus superlotados. A reestruturação do ensino na UFJF abriu as portas a centenas de pessoas, mas na cidade as empresas de ônibus não andam no mesmo compasso. O que já era ruim ficou ainda mais assustador.

A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) disponibilizará, a partir do dia 03, mais dez horários para a linha 525, que atende à Universidade. Se esta é ou não a solução para a superlotação dos ônibus, só saberemos daqui a alguns dias. Resta saber se as empresas responsáveis não estão apenas tentando mascarar suas falhas administrativas até então, jogando no lixo sua responsabilidade social e a credibilidade, já abaladas pelos escândalos envolvendo o ex-prefeito Alberto Bejani. Caso a situação persista, talvez seja preciso formar uma nova geração saúde: treinar estudantes-atletas, para que o transporte público seja, a partir daí, um item dispensável. Bom para saúde, ruim para a educação e péssimo para o capitalismo irresponsável.

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