sábado, 13 de dezembro de 2008

Para quem gosta de informação com qualidade

Como todos já devem ter percebido, há um selo da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) no menu ao lado. Coloquei porque eu apóio a obrigatoriedade do diploma para os jornalistas. A questão é a seguinte: para quem não sabe, está em curso no Supremo Tribunal Federal um projeto que pode fazer com que o diploma não seja mais condição necessária para exercer a função de jornalista. Mais que garantir o meu futuro (estudo comunicação social, com habilitação em jornalismo), estou defendendo a existência da moral e da ética nos meios jornalísticos. A mídia, se usada de um modo eficiente, pode determinar ações, influenciar pessoas, mudar sistemas políticos... É, é sim um quarto poder, e creio que todos irão concordar comigo neste ponto. A profissão exige grande responsabilidade, e a formação acadêmica é imprescindível. Se a situação já está bem estranha atualmente, imagine depois, sem profissionais devidamente instruídos...

* Asterisco avulso: Muitos já me questionaram sobre uma possível impossibilidade de outras pessoas escreverem/opinarem em jornais/outros meios. A exigência de diploma não necessariamente anula a opinião e a participação de outras pessoas. Concordo, por exemplo, que um economista, em tese, sabe mais que um jornalista sobre a situação econômica global. Sendo assim, não há motivos para proibir sua participação. Ele pode ser um articulista, uma fonte, por exemplo.

Pois bem. Segundo a FENAJ, pode ser que até o dia 19 desse mês, quando o judiciário entra em recesso, o projeto seja votado. Torçam para que a população seja ouvida, pelo menos nessa vez. A maioria dos brasileiros quer informação de qualidade, segundo a Federação. Acreditem: o pior dos males não será ver um bando de jornalistas ganhando cada vez menos (ou até mesmo desempregados) depois disso tudo. Os jornalistas perdem, a sociedade perde.

Para ler a matéria no site da FENAJ, clique aqui.

PS.: Coloquei uma enquete no menu ao lado. Coloquem lá sua opinião! :}

6 comentários:

Safa e Fada disse...

Deus me livre de não ser obrigatorio diploma...

ideia mas sem cabimento!
como se o que agente aprendesse na faculdade pudesse ser aprendido no butiquim.

Safa e Fada disse...

Beijo da *safa*

Cadinho RoCo disse...

Sou radialista e jornalista profissional. Discordo frontalmente da obrgatoriedade do diploma para o exercício da profissão por inúmeros motivos. A propósito, já houve julgamento em que a obrigatoridade do diploma caiu. O que acontece agora é a decisão do recurso.
A obrigatoriedade do diploma é atitude vergonhosamente corporativa e que não garante absolutamente nada no que refere-se à qualidade do jornalismo brasileiro, que a propósito não vai lá bem das pernas, exatamente porque até a bem pouco tempo a obrigatoriedade estava em vigor. Ela caiu, hoje não há a obrigatoriedade. Jornalismo é talento dom que pode ser sim aperfeiçoamento com o ensino catedrático. Mas daí a obrigar vai diferença enorme. Até porque o nível e ensino do jornalismo é sofrível. Basta ver o que fazem recém formados nas redações para constatar o que eu digo. Aceitaremos então o jornalista graduado mas sem redação? É esta a solução? Isso só para ficar por aqui. O diploma vale mais do que a sensibilidade daquele que fareja a notícia por possuir este dom? O propósirto da obrigatoriedade é meramente mercantilista, seja por parte das faculdades, seja por parte dos estudantes que têm a ilusão de assim garantirem melhor condição de trabalho. Não é por aí. O jronalismo perde e perde muito mais ao levantar esta bandira que não conta com respaldo dos maiores jornalistas deste país, que a propósito não são graduados. Vivemos num Brasil totalmente intoxicado por massas de manobras que só fazem degradar a nossa dignidade. Busque maior informação a respeito disso, do que está por trás dessa proposta, mas com sinceridade. Seja o grande jornalista que quer ser, mas sem entrar nessa mesquinharia. O jornalismo está acima disso. Por essas e outras é que penso que o mérito do recurso será novamente rejeitado
Cadinho RoCo

Lucas Peths disse...

Cadinho,

Concordo em parte com sua afirmação. Sei que pode sim existir interesses corporativos por trás de tudo isso, mas me diga: a não obrigatoriedade também não seria? Pagar baixos salários e ter excesso de mão-de-obra seria um paraíso para as empresas jornalísticas. Se um jornalista não quer ganhar determinado salário, há milhares (especialmente quem não tem diploma)que querem. Eu sei bem que o jornalismo não vai bem das pernas. Sei também que existem inúmeros profissionais que saem das universidades extremamente incapacitados. Por outro lado, não são todos! Muitos garantem, seja por próprio mérito, seja ajudado em parte pela instituição de ensino, uma formação (ainda que medíocre) que está acima dos não-graduados. O que é melhor? Formar poucos (e bons) profissionais ou arriscar e deixar que qualquer exerça tamanha responsabilidade? O risco de profissionais sem boa redação aumenta muito.

O diploma não substitui o dom. Ele deve acompanhá-lo, lapidá-lo! Por mais que se possa aprender a atividade jornalística na prática, eu prefiro o diploma. E juro que não estou dizendo isso só por interesse próprio.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caio Paranhos disse...

Nossa, com tanta fera argumentando eu fico até acanhado, mas vamos lá, vou aderir à sua campanha.