
Fato é que me sinto definitivamente mal com tudo o que tem acontecido por lá. Por mais que a violência já tenha sido banalizada na mídia brasileira e internacional, tais cenas de violência ainda me causam raiva, angústia. Causam-me medo. Elas servem para que a idéia que tenho sobre os seres humanos, de um modo geral, seja reafirmada: eles são ESTÚPIDOS. Sim, estúpidos. Como bem observou minha amiga Janaína AlmCost, é assim que a (des) humanidade festeja os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A comemoração dos Estados Unidos não foi diferente: se absteve na votação da ONU, que determinava um cessar-fogo para a região. A proposta foi aprovada, mas se o aval da potência norte-americana. Vale lembrar que os EUA apóiam o estado de Israel. Conveniente, não?

Adiantando: esta é apenas uma pequena parte da história dos conflitos no Oriente Médio. O que escrevi abaixo foi somente um panorama geral, para uma compreensão básica dos fatos. A situação é ainda pior, quando consideramos as demais nações da região, bem como todos os acontecimentos passados. A situação lá é sangrenta, e envolve muito mais ideais e interesses do que nós podemos imaginar. Envolve os EUA, que por si só contribui para grande parte do problema, e mais algumas dúzias de picuinhas. Sinceramente, ainda tenho esperanças de que tudo se resolva, um dia. Tomara que o Obama dê uma ajudinha (Yes, we can!).

A origem de Israel, tal como o conhecemos hoje, está ligada ao desenvolvimento do movimento sionista, que defendia a criação de um estado judeu. No primeiro Congresso Mundial Sionista, realizado na Suiça, em 1897, um programa de compra de terras foi aprovado com essa finalidade. Historicamente a Palestina está ligada às tradições judaicas, e lá foi, justamente, o local escolhido. Os palestinos que eram, em sua maioria, agricultores, foram pressionados a deixar suas terras, já naquela época, por não poderem competir com os investimentos judaicos.
Surgia aí um confronto entre direito histórico (judaico) e direito legítimo (palestino). Portanto, desde essa época os judeus já começaram a se mudar para essa região. Mas foi com o término da 2ª Guerra Mundial e a conseqüente intolerância judaica na Europa, gerada pelo holocausto, que a migração foi massiva. O sonho do estado judeu estava em seu ápice. A ONU, então, aprovou a partilha da Palestina, e criou o estado de Israel, de fato.
Conflitos se sucederam por praticamente dois anos, já que a Liga Árabe não aceitou a partilha. No final das contas, os palestinos ficaram praticamente sem o território proposto inicialmente pela ONU, já que foram expulsos pelos israelenses e rejeitados como refugiados pelos árabes.
Depois disso, muitos conflitos existiram. Por exemplo a Guerra dos Seis Dias, que teve a consolidação de Israel como potência militar no Oriente Médio. Do outro lado da moeda, estava Gamal Abdel Nasser, que pregava a unificação dos estádos árabes (pan-arabismo). Se quiserem mas detalhes, Google! Ainda tem a Guerra do Yom Kippur, as Intifadas, os Tratados de Oslo, os muros de Ariel Sharon...
Hamas e Fatah

Hamas e Fatah são partidos políticos e paramilitares palestinos que lutam, de modo geral, pela mesma coisa: pelas terras perdidas para Israel na Guerra dos Seis Dias. O Fatah, que tem como um dos criadores Yasser Arafat, é mais moderado (reconheceu até mesmo o direito de existência de Israel), enquanto o Hamas é mais extremista. Sim, todos esses conflitos são resumidos a (direta ou indiretamente) posse de terra. Vale lembrar que o Hamas tem, atualmente, a maioria das cadeiras no parlamento palestino.
Hezbollah (ou Hizbollah)
Grupo político e militar do Líbano, com ideais xiitas, que foi criado durante a invasão israelense ao país em 1982. É considerado pelos Estados Unidos como um grupo terrorista. Para os libaneses, é um movimento de resistência a Israel. Apóia o Hamas.
Faixa de Gaza
Região do Oriente Médio que recebe este nome por sua capital, Gaza. É densamente povoada, com cerca de 1,5 milhão de habitantes ocupando 360 km². A região não pertence a um país soberano: a jurisdição é exercida pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), enquanto o espaço aéreo e o acesso marítmo são controlados por Israel.
4 comentários:
Parabens pela visão peths.
Essa guerra estupida vem tirando vidas a seculos e seculos e jah tah mais do q na hora de um basta!!
tomara q acabe logo!
Olá Peths!
Parabéns pelo artigo!
Concordo com você e acredito estar com os mesmos sentimentos que os seus em relação ao fato. Uma mistura entre impotência e revolta, indignação.
A propósito, obrigada pela citação! :)
Até a próxima!
é cara, a briga lá tá feia há tempos...
cara, c pode até ser só uma gota no oceano, mas é assim que o oceano é feito né?
a esperança tá num cara cujo nome do meio é Hussein... tudo bem, o mundo AINDA não acabou
TEM MEME PRA VC LÁ NO BLOG
bjoo Safa
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